quinta-feira, 23 de julho de 2009

Olhar para a dor do outro


Foto de Ovie Carter, vencedora do World Press Photo 1974 - Vítima da seca e fome em Níger


Está difícil. Dói. Meu peito fica apertado. Minha cabeça pesada. Dá um nó na garganta.
Olhar para as fotos objetos do meu estudo de caso provoca tudo isso. E muito mais.
Como se não bastassem todas as tensões e angústias inerentes a quem vive a construção de uma dissertação, eu preciso conviver o tempo todo com a dor do outro. Que está doendo em mim.
Preciso de umas pausas.
Preciso respirar.
Preciso ver o lado bom da vida e dos homens, apesar de tanta dor e de tanto sofrimento.
Preciso acreditar que os limites de usar fotos como essas na imprensa precisam ser avaliados. Que vou dar alguma contribuição para um mundo melhor. Um mundo em que os seres humanos se respeitem e vejam a dignidade como um bem maior.

2 comentários:

Raskólhnikov disse...

u...
mas no entanto é preciso cantar, mais que nunca é preciso cantar,
é preciso cantar e alegrar a cidade, a tristeza que a gente tem qq dia vai se acabar e todos váo sorrir, chegou a esperança, é o mundo que canta, contente da vida, feliz a cantar.
pois sáo tantas promessas de luz
tanto amor para amar que a gente nem sabe ...

Raskólhnikov disse...

fui dormir pensando nisso, sabia? olha, essa coisa de outridade é para poucos, janaína. fico feliz que vc esteja äs voltas com o outro. geralente náo somos educados para isso.