segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tempo, bendito tempo!


Em novembro de 2007, postei que aguardava o tempo para entender os designios de Deus, do destino. Hoje, tudo é claro como um dia de sol! Tudo aconteceu como tinha de ser no meu primeiro ano em Coimbra. A escritura, tanto a que já vem traçada quanto a que depende de meu livre arbítrio, é perfeita, nada linear, é verdade, e cheia de sentimentos muitas vezes antagônicos - daí, inclusive, que vem toda a magia e o encanto de viver...

Mas hoje, agora, compreendo tudo e sou mais forte e mais feliz. Muito mais feliz. O reencontro que eu tanto aguardava aconteceu e a serenidade que ficou no meu peito foi o melhor presente da vida. Acredito que a passagem pelo Brasil contribuiu demais para que tudo ficasse bem, mas o tempo foi o fator decisivo para isso.

Estou aberta para a vida e para tudo que ela tem a me oferecer. E sei que não é pouco. E não vou deixar nenhuma oportunidade passar! Estou atenta! Estou feliz! Estou renovada! Estou beijoqueira! Estou mais leve! Estou mais eu! Um brinde!!!!!!

Um comentário:

Raskólhnikov disse...

tim, tim!

bom ler coisas aqui mais uma vez.
.......

Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo
A morte tece seu fio de vida feita ao avesso
O olhar que prende anda solto
O olhar que solta anda preso
Mas quando eu chego eu me enredo
Nas tranças do teu desejo
O mundo todo marcado à ferro, fogo e desprezo
A vida é o fio do tempo, a morte o fim do novelo
O olhar que assusta anda morto
O olhar que avisa anda aceso
Mas quando eu chego eu me perco
Nas tramas do teu segredo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe
A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço
A morte que a vida anda armando, a vida que a morte anda tendo
O olhar mais fraco anda afoito
O olhar mais forte, indefeso
Mas quando eu chego eu me enrosco
Nas cordas do seu cabelo
Ê Minas, ê Minas, é hora de partir, eu vou
Vou-me embora pra bem longe...


Desenredo

Composição: Dori Caymmi / Paulo César Pinheiro